God save the queen...but the queen is dead.
The Smiths tem raz�o, e acho que nunca teremos t�o perfeita oportunidade para ouvir o melhor disco deles. Tadinha da velhinha, tava fraquiiiiiiinha, esmirradiiiiiinha, tristiiiiinha por causa da morte da irm�. Igual fato aconteceu com minha av�. Depois que minha tia av�, irm� dela, morreu de c�ncer, todo mundo quis esconder da minha av�, porque sabia que isso poderia choc�-la. Meses depois, quando ela descobriu, ficou t�o abstra�da da vontade de viver que uma simples pris�o de ventre a fez ir ao hospital para fazer exames de rotina, exames que se tornaram uma interna��o, porque evoluiu para uma febre alta, uma infec��o intestinal, e depois pneumonia aguda, e depois hemorragia, e depois nada, porque o que mais viesse, ela j� n�o poderia sentir.
N�o sei que parcela de culpa tiveram os irrespons�veis dos m�dicos (e nem quero mais saber), mas aprendi que, se voc� deixar, � muito f�cil morrer. E se morte soar algo extremo, traduza para tristeza, medo, solid�o, o que for, porque o sentido � o mesmo. Ser feliz � mais quest�o de escolha do que de condi��o, porque, como sempre falei, at� com as piores coisas a gente se acostuma.
Cinco anos sem minha av�, um dia sem a rainha, e que passe o tempo, porque, como diria o final da m�sica dos Smiths:
"Life is very long, when you're lonely"
domingo, março 31, 2002
sábado, março 09, 2002
Acho que este blog est� ficando exatamente do jeito que eu n�o quero.
Mas acho que meu problema � algo mais do que comum parta a maioria dos blogs por a�: a tal da superficialidade moralista.
Explicando, as pessoas �s vezes se preocupam tanto em dizer alguma coisa que acabam por n�o dizer nada.
Um caso t�pico � aquele blog que costuma ser cheio de cita��es de pensadores universais, p�rolas da sabedoria humana, li��es de vida, mensagens profundas e tal, de modo que, mesmo com tanto conte�do, acaba ficando superficial, justamente por causa do fator "diferencial". Se no meio desse blog extremamente s�rio, o autor de repente coloca algum texto babaca, alguma piada, algo p�fio sem valor algum, pode apostar que, para quem estiver lendo depois, justamente essa tal mensagem boba � a �nica da qual ele ir� se lembrar quando sair do site, mesmo estando entre tantas outros textos de mensagem rica. Da mesma maneira, se voc� lesse algo profundo no meio de um monte de besteiras, ele dificilmente seria esquecido. Mas a quest�o � justamente essa: diferencial. A diferen�a causa impacto. O impacto ativa a mem�ria. Tudo que marca, � mais facilmente assimilado.
Tudo bem, nada vale se n�o tivermos exemplos. Nosso c�rebro funciona de uma menaira inteligentemente previs�vel, especialmente quando se trata de est�mulos. Fazendo um paralelo, com rela��o � mem�ria aplicada aos estudos, ela pode funcionar muito melhor se for ajudada por est�mulos, como eu citei ali em cima com os blogs. Se voc�, ao estudar, faz isso sempre em um mesmo lugar, sempre de uma mesma maneira, fazendo sempre as mesmas coisas, ent�o pode acreditar que o est�mulo que voc� est� dando a sua mem�ria � nulo, pois enquanto voc� estuda v�rias mat�rias diferentes com conte�dos ainda mais diversos entre si, o est�mulo que f�sico de permanecer em um mesmo ambiente s� presta para confundir mais ainda, especialmente se o conhecimento ainda n�o est� sedimentado. Caso extremo: imagine se por acaso, voc� fosse ao Cristo Redentor, e levasse um livro para estudar l� (e supondo que, apesar da paisagem, voc� consiga se concentrar e estudar normalmente). COM CERTEZA voc� iria lembrar em detalhes do que estudou por uns cem anos, porque, afinal, al�m de lembrar somente da mat�ria em si, voc� vai lembrar que a estudou no Cristo Redentor. Notem que uma coisa puxa a outra, pois voc� pode lembrar do que estudou somente por causa do lugar, do horario, do jeito, da maneira difererente da qual voc� se utilizou. Isso � uma outra forma de interpretar a tal "mem�ria por associa��o", que � o segredo pelo qual muitas pessoas se lembram de tudo, porque, afinal, voc� est� associando coisas entre si para se lembrar do quer quiser. Claro, que para chegar num n�vel aceit�vel de utiliza��o dessa t�cnica, devemos trabalhar com coisas bem mais sutis, por�m n�o menos impactantes do que idas ao Cristo. Cores, formas, imagens ou at� sons, por exemplo. (Mas ainda n�o perdi tempo descobrindo essas besteiras. Que se dane, n�o sou psic�logo.)
Resumindo o lance do estudo, vale muito a pena voc� procurar variar. Da forma que voc� achar melhor para si mesmo. Estudar Geografia ouvindo musica cl�ssica e Hist�ria ao som de Furac�o 2000, Matem�tica na varanda e F�sica no quarto, Qu�mica de noite e Portugu�s de manh�. Se vira. S� se cuida para n�o exagerar, porque o est�mulo deve ser bem planejado o suficiente para n�o desviar sua aten��o do estudo, muito menos causar desconforto ou deixar voc� pouco � vontade para estudar.
Percebam que eu s� falei de mem�ria, mas existem est�mulos para tudo. Criatividade, por exemplo. Ir � lugares nunca antes visitados, ouvir m�sicas totalmente diferentes, falar com pessoas diferentes, todas essas coisas abrem novos "caminhos" em sua mente, e estimulam id�ias que antes n�o estavam l�. � sempre isso o que buscam escritores, compositores, artistas pl�sticos, e toda horda de intelectuais cabe�udos que assolam nossa sociedade.
Errr....pensem a respeito...
Eu falo, falo, falo, e n�o aprendo nada. Ningu�m vai se lembrar disso que escrevi mesmo. Haha.
Mas acho que meu problema � algo mais do que comum parta a maioria dos blogs por a�: a tal da superficialidade moralista.
Explicando, as pessoas �s vezes se preocupam tanto em dizer alguma coisa que acabam por n�o dizer nada.
Um caso t�pico � aquele blog que costuma ser cheio de cita��es de pensadores universais, p�rolas da sabedoria humana, li��es de vida, mensagens profundas e tal, de modo que, mesmo com tanto conte�do, acaba ficando superficial, justamente por causa do fator "diferencial". Se no meio desse blog extremamente s�rio, o autor de repente coloca algum texto babaca, alguma piada, algo p�fio sem valor algum, pode apostar que, para quem estiver lendo depois, justamente essa tal mensagem boba � a �nica da qual ele ir� se lembrar quando sair do site, mesmo estando entre tantas outros textos de mensagem rica. Da mesma maneira, se voc� lesse algo profundo no meio de um monte de besteiras, ele dificilmente seria esquecido. Mas a quest�o � justamente essa: diferencial. A diferen�a causa impacto. O impacto ativa a mem�ria. Tudo que marca, � mais facilmente assimilado.
Tudo bem, nada vale se n�o tivermos exemplos. Nosso c�rebro funciona de uma menaira inteligentemente previs�vel, especialmente quando se trata de est�mulos. Fazendo um paralelo, com rela��o � mem�ria aplicada aos estudos, ela pode funcionar muito melhor se for ajudada por est�mulos, como eu citei ali em cima com os blogs. Se voc�, ao estudar, faz isso sempre em um mesmo lugar, sempre de uma mesma maneira, fazendo sempre as mesmas coisas, ent�o pode acreditar que o est�mulo que voc� est� dando a sua mem�ria � nulo, pois enquanto voc� estuda v�rias mat�rias diferentes com conte�dos ainda mais diversos entre si, o est�mulo que f�sico de permanecer em um mesmo ambiente s� presta para confundir mais ainda, especialmente se o conhecimento ainda n�o est� sedimentado. Caso extremo: imagine se por acaso, voc� fosse ao Cristo Redentor, e levasse um livro para estudar l� (e supondo que, apesar da paisagem, voc� consiga se concentrar e estudar normalmente). COM CERTEZA voc� iria lembrar em detalhes do que estudou por uns cem anos, porque, afinal, al�m de lembrar somente da mat�ria em si, voc� vai lembrar que a estudou no Cristo Redentor. Notem que uma coisa puxa a outra, pois voc� pode lembrar do que estudou somente por causa do lugar, do horario, do jeito, da maneira difererente da qual voc� se utilizou. Isso � uma outra forma de interpretar a tal "mem�ria por associa��o", que � o segredo pelo qual muitas pessoas se lembram de tudo, porque, afinal, voc� est� associando coisas entre si para se lembrar do quer quiser. Claro, que para chegar num n�vel aceit�vel de utiliza��o dessa t�cnica, devemos trabalhar com coisas bem mais sutis, por�m n�o menos impactantes do que idas ao Cristo. Cores, formas, imagens ou at� sons, por exemplo. (Mas ainda n�o perdi tempo descobrindo essas besteiras. Que se dane, n�o sou psic�logo.)
Resumindo o lance do estudo, vale muito a pena voc� procurar variar. Da forma que voc� achar melhor para si mesmo. Estudar Geografia ouvindo musica cl�ssica e Hist�ria ao som de Furac�o 2000, Matem�tica na varanda e F�sica no quarto, Qu�mica de noite e Portugu�s de manh�. Se vira. S� se cuida para n�o exagerar, porque o est�mulo deve ser bem planejado o suficiente para n�o desviar sua aten��o do estudo, muito menos causar desconforto ou deixar voc� pouco � vontade para estudar.
Percebam que eu s� falei de mem�ria, mas existem est�mulos para tudo. Criatividade, por exemplo. Ir � lugares nunca antes visitados, ouvir m�sicas totalmente diferentes, falar com pessoas diferentes, todas essas coisas abrem novos "caminhos" em sua mente, e estimulam id�ias que antes n�o estavam l�. � sempre isso o que buscam escritores, compositores, artistas pl�sticos, e toda horda de intelectuais cabe�udos que assolam nossa sociedade.
Errr....pensem a respeito...
Eu falo, falo, falo, e n�o aprendo nada. Ningu�m vai se lembrar disso que escrevi mesmo. Haha.
Ol�
"Desculpem o transtorno" por ficar tanto tempo sem escrever..
Ali�s, bem irritante essa tirada de dizer "desculpem o transtorno".
Imagine, voc� naquela cena de engarrafamento escaldante, porque algum idiota da prefeitura resolveu fazer uma baita de uma obra in�til bem no meio de uma avenida supermovimentada, em plena hora do rush, e seu �nico consolo para a situa��o agrad�vel condi��o de desespero � uma c�nica plaquinha, bem na sua frente, dizendo "Desculpem o transtorno". A placa em, si causa mais revolta do que o engarrafamento em si, porque ela ainda por cima te faz lembrar de que est� transtornado. Morte �s plaquinhas.
Pior que de vez em quando a gente age assim. �s vezes sabemos que estamos causando o mal, e acabarmos fazendo pior ao nos desculparmos, pois simplesmente n�o o fazemos da maneira correta. At� ficar calado pode se tornar a melhor das desculpas, pois nessas vezes o sil�ncio n�o agride, n�o faz evidenciar de novo uma situa��o que est� obviamente ruim.
Acho que � porque estou ouvindo Pretenders - I'll Stand by You...
"Desculpem o transtorno" por ficar tanto tempo sem escrever..
Ali�s, bem irritante essa tirada de dizer "desculpem o transtorno".
Imagine, voc� naquela cena de engarrafamento escaldante, porque algum idiota da prefeitura resolveu fazer uma baita de uma obra in�til bem no meio de uma avenida supermovimentada, em plena hora do rush, e seu �nico consolo para a situa��o agrad�vel condi��o de desespero � uma c�nica plaquinha, bem na sua frente, dizendo "Desculpem o transtorno". A placa em, si causa mais revolta do que o engarrafamento em si, porque ela ainda por cima te faz lembrar de que est� transtornado. Morte �s plaquinhas.
Pior que de vez em quando a gente age assim. �s vezes sabemos que estamos causando o mal, e acabarmos fazendo pior ao nos desculparmos, pois simplesmente n�o o fazemos da maneira correta. At� ficar calado pode se tornar a melhor das desculpas, pois nessas vezes o sil�ncio n�o agride, n�o faz evidenciar de novo uma situa��o que est� obviamente ruim.
Acho que � porque estou ouvindo Pretenders - I'll Stand by You...
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