quarta-feira, dezembro 31, 2003

Fatos...

Para algum dia eu lembrar que houve um 31 de Dezembro... desta vez o de 2003.

Há dez anos atrás estava eu ganhando meu Super Nintendo, e pouco fazia senão jogar Super Mario World o dia inteiro, o que me consumia o tempo de ficar parado pensando na vida, refletindo sobre a passagem do próprio tempo.
Hoje meu brinquedo cresceu, evoluiu e se tornou um computador forte e sadio, com essa tal de internet para me tomar o mesmo tempo de antes, só que este agora um tempo novo. De qualquer maneira, nenhum dos dois volta atrás.

Há dez anos, em 94, minha vida era repleta de RPG, Dungeons & Dragons, aqueles livros-jogos do Peter Jackson, e logo em seguia ia pro terreno baldio catar insetos pra pregar no isopor do meu trabalho de biologia. Até os monstros do RPG eram mais bonitos.
O Tetra já vai fazer dez anos, com aquele gol de falta do Branco sobre a Holanda, que até hoje efeito especial algum da Light & Magic conseguirá imitar. Mas eles estão perdoados, pois sabem fazer bons sabres de luz.
A choradeira na escola pela morte do Senna já vai subir o degrau de uma década, e mesmo assim ainda lembro com clareza as músicas que eu gravava da rádio RPC no lado A daquela fita Chrome Extra da Basf, que julgava eu ser de uma qualidade sonora insuperável.
No Natal daquele ano, ganhei uma bicicleta, Aluminum da Caloi, que até hoje acho a bicicleta mais linda do mundo, com aquela cor de bronze metalizado que ninguém mais tinha, sobre a qual tentava altas manobras que me invejaria ver hoje em dia. Num mover de casas decimais, tento não deixar o carro morrer numa ladeira.

Engraçado isso. De repente sua vida vira um passado.
E todos os detalhes de sua existencia se tornam uma mera questão de reaprender coisas em níveis diferentes.
Conviver com pessoas novas, deixar de conviver com pessoas, fazer, tentar, coisas que um champanhe de ano novo jamais podem prever. Se em todos os anos se desejam sempre as mesmas coisas, que pelo menos cada um se valha pela individualidade.
Então, por bons e maus momentos, com Deus no comando, que 2004 seja sempre 2004.

domingo, dezembro 21, 2003

O que afinal eh a certeza?

O fim de um ano se aproxima, destemido. Minhas memorias correm, loucas, de um lado para outro, colidindo informacoes conflitantes a respeito de um ano maluco que se finda. E a maior parte delas ainda acha que se trata de mais um 19xx...
Mas ja nao eh.

Tao certo como em outros anos, este ano tambem teremos retrospectivas, corridas de Sao Silvestre, fogos em Copacabana, especiais de Roberto Carlos, e mais quantos eventos a midia (leia-se Globo) julgar apropriados.
Tambem tivemos B'roz, Maria Rita e alguns outros, nos trazendo a certeza de um sucesso premeditado e "in"atural. No caso específico de Maria Rita, nao eh sequer uma critica a sua capacidade criativa, mas uma dor de que o alarde que ela alcanca nao depende unicamente do talento da moca, mas de uma imposicao comercial exploratoria que poderia se dar exatamente da mesma maneira em diferentes epocas, com muitos outros artistas. Eh essa mesma, a formula do sucesso, que se extende repetidamente como uma cadência final que soh vai terminar com o seu dinheiro.
E teremos iemanjas aos montes em barquinhos brilhando a velas, com pedidos de uma paz que somente Deus pode conceder, simbolos de um Brasil cada vez mais confuso em seus caminhos e pessoas cada vez mais incertas do que acreditar. Deus tenha misericordia.

E tudo se baseia nisso, repeticoes. Ciclos de repeticoes. Essas que fixam uma musica em sua cabeca, essas que te deixam louco a cada vez que voces "dao um tempo", essas mesmas que voce jurou que eram a ultima vez.
E nunca de fato serao.



sexta-feira, novembro 21, 2003

To whom it may concern

Motivado talvez por um dos ultimos comentarios, percebi que nunca rascunhei nada sobre o subtitulo desse blog: "Meu pe de laranja mecanica".
Vou dar uma de "tio", e explicar o be-a-ba para quem nao souber mas tiver curiosidade...

Certa vez li uma entrevista do Deep Purple (numa dessas revistas de rock com folha de papel higienico), onde o entrevistador perguntou: "O que voces sentem ao ver adolescentes no seu show, cantando as musicas com a mesma desenvoltura daqueles que acompanharam sua carreira desde os anos 70?" e eles responderam, unanimes, que era uma coisa boa, pois afinal, a musica deles havia transpassado geracoes distintas, onde o mais interessante � que os jovens nao estavam unicamente atraidos pelas imortais "Smoke On The Water" ou "Highway Star", mas cantavam avidamente as musicas dos ultimos discos na mesma proporcao.
Imagine: diferentes geracoes, cada uma com sua interpretacao propria, unidas por um evento canalizador que nao era a apelacao das classicas musicas da decada de 70, nao era uma somente uma "transmissao hereditaria", e nem um disco em especifico, talvez nem a propria banda. Apenas a musica deles ja bastou. O nucleo sempre estava la, foi mastigado por cada um em sua propria maneira em diferentes epocas e marcou as pessoas. E nao foram poucas.
Nao me ouso considerar um fa de Deep Purple, mal tenho discos deles, mas achei que esse exemplo serviria para ilustrar a verdade que acontece com o filme Laranja Mecanica.
Lan�ado em 1972, dirigido por ninguem menos que Stanley Kubrick, proibido por anos em diversos paises, esse realmente foi um filme que passou por cima de tudo. Uma ebulicao cinematografica sobre juventude, violencia, limites, consequencias, e (principalmente) aparencias. Nao cabe fazer um resumo previsivel do filme aqui (eu jamais seria audacioso a esse ponto), mas acho que para um filme atravessar trinta anos e ainda se manter atual (e o pior: chocante), entao com certeza � um filme que vale a pena ser visto cada hora de um jeito, cada pessoa por seu pensamento, cada maquiagem por sua verdade.
Ahn, o titulo do blog? Sim...claro...
Meu cultivo de aparencias, assim como todo mundo que vive nos dias de hoje, onde somos uma pessoa diferente para cada pessoa que conhecemos, de maneira inconsciente, auto-defensiva.

Sobreviv�ncia.

domingo, novembro 02, 2003

Side Effects.

Ha dez anos atras, minha rede de contatos sociais era restrita aos meus colegas da quinta serie, dos quais uns 5 eram mais proximos, e meus colegas do curso de musica, somando mais uns 3.
Dois anos depois, ja entrava eu em meu curso de ingles, e meus amigos mais proximos ja circundavam o numero de 10 a 15.
Hoje, ja devo conhecer mais de umas 100 pessoas, e bem o suficiente para ter varios assuntos que consumiriam minutos suficientes para atrapalhar a fluidez do trafego de pedestres num eventual encontro de cal�ada.
Mas, quando eu olho pra internet, com quanta gente eu j� me comuniquei direta ou indiretamente atrav�s disso aqui, eu me assusto. E mais que isso, vejo como essa mega-rede de contatos jamais poderia ter sido prevista por mim ha dez anos atras, assim como eu nao posso prever a que propor��es isso chegara num futuro proximo. E o mais engra�ado eh justamente isso: as proprias referencias que usamos para prever uma coisa, no mundo tecnologico, sao variaveis em constante mudan�a.

Bem, a unica seguran�a eh afirmar que sera, de alguma forma, diferente. E que essa diferen�a sera, de alguma forma, grande.

Penso, em minha limitada perspectiva, na crianca de amanha. Que numa quinta serie da vida ja conhecera mais pessoas do que todas as que eu conheco hoje. E, imagine, que se hoje vemos pessoas fazendo coisas tao estupidas por conta da tal "influencia social", que propor�ao vai ter isso amanha?

Acho que vai ser cada vez mais dificil ser individual...



quinta-feira, outubro 23, 2003

No ultimo sabado, me senti como que simpatico por fazer coisas normais.
As vezes questiono muito tudo, e a simplicidade de certas ocasioes se dissipa, a inocencia se perde, e so o que sobra sao meus chatos resmungos. Entao, no sabado resolvi deixar isso de lado.
Recheado de boa vontade, fui a um Mc Donalds aqui perto. Sim, acho que desde que eu era crian�a que eu nao vou a um Mc Donalds de forma tao impune e sem peso na consciencia quanto nessa tal ocasiao.
Tudo bem...
Pedi um sundae simples, e uma porcao de batatas fritas, somente, no apice de meu minimalismo pratico.
Parece que os atendentes nao acreditam quando alguem pede uma coisa tao idiota. Eles quase se irritam por voce nao querer um super double bic mac, onde eles ja estariam mais que acostumados a falar "com refrigerante grande, senhor?" e que no meu caso nao funcionaria.
Pois bem... depois de ver que essas duas guloseimas custaram SEIS REAIS, fiz cara feia mas paguei (fazer o que...), e ainda tentava preservar minha simplicidade inabalavel do dia, quando a atendente me ofereceu o "GUIA NUTRICIONAL MC DONALDS".
Sendado a minha mesa, comecei a folear com calma o curioso guia e constatei novas verdades, dentre as quais:
- Um Big Mac tem apenas 490 calorias!!
- Um Quarteirao tem 30 gramas (60%) de proteinas diarias para um adulto!!
- Uma Coca 500ml possui saudaveis 53mg (15% na dieta diaria) de carboidratos!
- Um Milk Shake de 500ml nutre uma crian�a em 40% de suas necessidades diarias de proteina!!!
- Que "Todos os agricultores e pecuaristas fornecedores passam por uma certificacao inicial e auditorias periodicas que verificam a fidelidade ao padrao de qualidade exigido pelo Mc Donalds"
- Que "O cultivo das hortas eh feito por fornecedores regionais, para garantir que produtoes a base de salada estejam sempre no ponto certo"
- Que "Os sucos de laranja e maracuja sao NATURAIS e produzidos COM FRUTAS selecionadas"
-Que foi o Mc Donalds quem trouxe para o Brasil a inquestionavelmente superior alface americana.
- Que os paes do Mc Donalds sao VITAMINADOS e suprem 30% das necessidades de vitaminas B1, B3, B5 e B6
- Que as carnes sao 100% bovinas e nao utilizam NENHUM CONSERVANTE OU ADITIVO
- Que o Mc Chicken eh feito somente com partes NOBRES do frango, e que o Mc Fish eh feito com filet de merluzza (que contem acidos graxos polinsaturados tipo omega que ajudam a controlar a taxa de colesterol!!!!!!!!)

Arf...

Pois eh mamae, agora soh vou comer no Mc Donalds, porque alem de ser muito gostoso, tambem faz muito bem a minha saude, para que eu cres�a sendo um menino forte e saudavel!!!!

quinta-feira, outubro 09, 2003

Muito a gente ve acontecer nesse nosso pais.
Sao opinioes classicas da parte da populacao frases como "esse pais nao tem jeito" ou entao "politico nao presta".
Vivemos nesse nosso estado violento, com uma sucessao de governantes despreparados de todas as formas, alguns com lacos familiares e monetarios entre si... e as coisas piorando e piorando.
Porque eh Brasil, certo?
Errado.
Hoje pude ver que na California isso tambem acontece.
Cara, Schwarzenegger governador.
Eu nao acredito.

(Como americano eh burro.)

domingo, setembro 21, 2003

A Sorte Da Iniciativa de um TImido.

Os timidos tem um grande bloqueio social. Um fato.
Mas alguns definem este bloqueio por certas condi��es.
Para mim, falar em p�blico � algo extremamente divertido e ao mesmo tempo uma situa��o classificada normalmente como "sob controle", pois tudo na vida social do desafortunado timido se resume a esses dois tipo de situa��o: as control�veis e as sem-controle.
Minha situa��o condicional � qualquer uma relacionada a conhecer pessoas novas. Tal situa��o s� se encontrar� sob controle quando, por exemplo, for descoberto algum "link" entre a feliz (e extrovertida) pessoa interlocutora e o timido, de tal maneira que haja uma linha de conversa suficientemente boa e fluente para pelo menos dar ao timido a falsa sensa��o do "ufa, estou sendo soci�vel". Mas claro que Murphy existe para nos alertar da realidade de que isso praticamente nunca acontece, e que se chegar a acontecer, ser� apenas por um momento, curto demais para convencer a pessoa interlocutora de que o timido � uma pessoa normal, receptiva, falante, divertida, interessante e inteligente.
Para uma solu��o imediata e funcional, o timido se vale de taticas, algumas um pouco crueis e auto-indulgentes, para ludibrirar o funcinonamento de sua percep��o negativista e fechada. Meu extremo para for�ar uma condi��o em meu c�rebro � o pensamento do tipo "ah poxa, todos vamos morrer, vivemos num planeta dentre muitos no universo, numa galaxia de 100 bilhoes de estrelas, uma dentre outras milhoes, e eu estou aqui me torturando se devo falar com a pessoa x ou n�o".
Dr�stico, por�m por vezes eficiente. A n�o ser, claro, que fatores totalmente externos e imprevisiveis ajam sobre o timido nessa tentativa de contato com seu mundo narcisista.
Duas vezes isso me aconteceu hoje:
Numa festa no consulado do Chile, me foi apresentada uma simpatica menina, mas por tempo curto o suficiente para impossibilitar qualquer inicio de conversa de maneira "natural". O timido, por um golpe do destino, encontra momentos mais tarde, esta mesma menina, j� antes apresentada, numa fila para pegar sobremesas. A situa��o perfeita surge, o timido se prepara para, de maneira mais natural possivel, quebrantar a barreira social e chamar a aten��o da menina atrav�s de algum coment�rio pr�-elaborado (juntamente com seu leque de respostas poss�veis). Quando o t�mido estica seu dedo para chamar a aten��o da menina, no mesmo instante um bra�o se interpoe entre o timido e a menina, e uma gorda senhora se enfia numa arrebatadora ca�a a uma deliciosa iguaria de maracuj�. Assim que o timido se recupera, a menina j� virou as costase saiu, e toda prepara��o foi perdida. O timido fracassa.
Apesar de derrotado, o timido se encontra em outra oportuna situa��o quando de noite, durante uma festa, o timido reencontra uma ex-colega, que o recebe de maneira muito simpatica e meiga. O timido, critico, logo fica encantado em como a menina havia mudado, e da maneira como ela ainda se lembra do inexpressivo timido apesar do tempo: o suficiente para servir como a condi��o que empolga o timido ao estado de uma pessoa comunicativa e logo, numa rara ocasiao, permitir que os dois iniciassem uma interessante e divertida conversa.
Querendo agradar a menina, o timido puxa uma cadeira para uma conversa mais confortavel, quando, no mais repente momento, surgem os animados e inconvenientes amigos (estes j� por demais conhecidos) do timido, e simplesmente se interpoe entre o timido e sua interlocutora, de modo que cortasse qualquer assunto e aten��o, recuando a pobre menina para uma outra amiga, esta sim por sorte localizada bem ao seu lado no meio da confus�o. Ruina. A unica palavra trocada depois do fato foi um mero "bom te ver de novo!", alguns minutos mais tarde, sem telefone, antes que partisse.
Timidos detestam ser interrompidos. Quer no silencio, quer em seu �pice comunicativo.

sábado, setembro 06, 2003

Nao que isso va alterar enormemente os rumos de minha vida,
mas bem que esse sete de setembro podia cair numa segunda feira...

meus problemas continuariam os mesmos,
a minha distancia dos meus objetivos continuariam as mesmas
nada de bom seria feito para nenhuma pessoa ao meu redor
assim como tambem eu nao faria nada durante o dia inteiro

mas qual seria o problema ainda assim?

Alguns preferem o futebol
Outros as novelas

Eu so queria um feriado.

quinta-feira, agosto 28, 2003

A vontade hoje diz ao setor comunicativo do c�rebro para escrever algo leve.
Como n�o sei exatamente transmitir palavras "leves" nao translade o leitor a um parafuso de abordagens morais e filosoficas de minha parte , escrevo ao simples.
Quanto a associacao de sentidos e emocoes, creio que seja de comum conhecimento que a boa musica eh capaz de verter estados de espirito, resiste ao tempo, e tem a unica capacidade de trazer � memoria sensacoes explicaveis somente para quem escuta.
Catherine Wheel me esta fazendo bem. Uma velha nova banda, da qual estou escutando a bela "Black Metallic". E uma musica leve. Sincera. Tem uma sonoridade que lembra algo cheio de esperanca, em meio a alguma solidao.
Radiohead, os sempre bem-vindos. Ainda n�o comprei o novo album por sabia paciencia. Tudo bem que sou louco por eles, mas ultimamente tenho tentado dar valor ao meu dinheiro �ao pagando os 35 reais que as lojas estao tentando extraviar de meu bolso. Mas sim, as faixas s�o �timas. Inclusive o primeiro single "There There". Apesar de declarado f�, sou meio contra essa superexposicao que a banda sofre, principalmente depois do Bends e do OK Computer. Este ultimo, sim, um album EXTREMAMENTE DIFICIL de se assimilar, e por isso, possuidor de uma beleza, uma arquitetura que poucos sao capazes de verdadeiramente digerir. Vejo esses pseudo-goticos (hei de dedicar uma completa critica a essa ra�a irritante mais tarde) declarando aos montes que Radiohead eh tudo e mais um pouco, sem de fato conhecerem. Como se, dentre 15 milhoes que compraram o tal disco, apenas 100 mil tenham conseguido atingir a simplicidade de compreender suas matadoras musicas. Com certeza, nem eu ainda perten�o � esse seleto grupo de sortudos, pois cada vez que eu ou�o, 1% de mim descobre coisas novas. Nao pode ser a toa que Karma Police consegue me deixar triste, independente de meu estado anterior, toda vez que a escuto. Esque�am ela, ou�am Lucky. Talvez depois de Everything In Its Right Place.
Ate um tempo atras eu estava ouvindo muito Kate Bush tambem. Dei uma reduzida porque esta sendo muito dificil encontrar seus albuns � venda por menos de 80 reais. Nao quero correr o risco de perder esse dinheiro por vicio. Ou�a "The Fog", essa sim uma musica lindissima como ha muito nao descobria.
"A Prayer For England", do novo disco do Massive Attack tamb�m est� uma musica digna. Belissima. Para provar para os desinformados que Sinead O'Connor ainda est� viva e saltitante, embora n�o mais careca.
Lembrando algo semelhante, tenho que citar a Ofra Haza, aquela cantora israelense que morreu em 2000, que tinha uma voz absolutamente LINDA, que pode ser conferida a todo potencial na faixa "Elo Hi", da trilha sonora do "Rainha Margot" (estrelado pela Isabelle Adjani no apice de seus 40 anos, essa sim uma mulher bonita na minha opini�o.).
Como eu adoro desenterrar coisas.
Vou ouvir agora Boards Of Canada pois, se j� estou "leve", que seja para evaporar de uma vez.

sábado, agosto 16, 2003

A situa��o:

Duas e meia da manha de sexta feira, sem posi��o para sentar na cadeira. Janela tremendo, n�o por frio, mas pelo som de uma banda de pagode tocando numa festa na rua num palco EM FRENTE A MINHA CASA.
Nao que isso seja ruim. Antes meus problemas fossem externos assim. Um autor sem palavras para escrever, um m�sico com poucas notas para tocar (mal).
Nossa... agora eh funk. "Atola, atola atola" e nem queira saber o resto da letra, com um instrumental chupado do Snap!.
Como diria nosso amigo Thom Yorke para essa e tantas outras situa��es... "it wears me out."
- Mas como? Voce, que sempre escreve algo para enobrecer a alma dos que o leem, nao vai escrever nada de util hoje tambem?
Bem, calma. Meu ego e minha consciencia estao em dialogo formal agora.
Um diz pro outro:
- Sua situa��o est� deprimente, hein? Diria que atingiu um nivel de inacessibilidade jamais visto.
- Pois �... como eu digo, seu maior problema � a isola��o. Vamos aos fatos: voce esta em casa hoje porque:
1- Seu melhor amigo casou, se mudou, tem um filho so te ve de 3 em 3 meses.
2 - Seu segundo melhor amigo esta morando em Londres a duas quadras do Ministry of Sound, levando a vida que voce gostaria de levar, indo a 5 festas por fim de semana.
3 - Seu melhores amigos do ex-colegio moram cada um em um canto da cidade, escolheram ter carreiras normais, trabalham, estao ganhando dinheiro, comprando carros, viajando e evoluindo.
4 - Seu outro amigo ta sempre duro, e depende de mais vc e uma terceira pessoa para sair, no maximo, para dentro dos limites dessa cidade horrivel que me cerca, uma vez que seu ipva esta atrasado e sua carteira venceu.
5 - Seus pais superprotetores compraram um carro zero final do ano passado, e saem quando muito para fazer compras. O filho deles, no caso o babaca aqui, nao tem auto-afirmacao suficientemente consolidada para exigir sua fatia do carango, mesmo com quase dois anos de carteira (barbeiramente usados) e seguro total.

- Realmente, ego, essa ultima eh um argumento matador mesmo. Chamar esse cara de ornitorrinco acomodado seria pouco... Tanto eu como voce concordamos que este eh um fator de extremo poder de mudan�a para essa vida imutavel....

- Fato. Ainda faltam alguns:

6 - Sua banda, detentora de infindaveis esfor�os, finalmente se encontra dissoluta. Seus integrantes, todos amigos badaladores, engracados e (alguns) inteligentes, arrumaram namoradas e noivas, nao possuem o menor interesse em retomar o trabalho, jogando fora todas as noites que voce teve a oportunidade de sair - mas nao saiu - para trabalhar como produtor da furada.

7 - Seu mais recente amigo das baladas, agregado principalmente pelo fato de nosso amigo em comum (o primeiro da lista) ter se casado, acabou de arrumar uma namorada perfeita, que foi conhecida atraves do MEU telefone celular, por causa de um numero que EU DISQUEI e logo depois consenti que ele abordasse a vitima. A menina estava saindo de um relacionamento dificil e encontrou no meu AMIGO a pessoa que lhe faria companhia no MOMENTO CERTO. Namorada on. Ultimo recurso de saidas off.

8 - Seu grupo restante de amigos e conhecidos nunca decidem fazer nada emocionante. Normalmente uma vez por ano alguem faz o churrasco do aniversario de outro alguem e so.

9 - Sua faculdade, oh que sonho, nao possui uma alma viva com vida social normal que more dentro de uma faixa de 200km de sua residencia. Eh basicamente formada por alienigenas cerebrados e anti-sociais. No friends there.

10 - Seu curso de ingles, recurso de tantas outras horas, jah terminou ha tres anos, e cujo saldo foram uma duzia de amigos, 80% namorando e desaparecidos e 20% apenas desaparecidos, alem de 1 (huma) ex-namorada dor de cabe�a cuja imaturidade me irrita ateh o presente dia.

- Pois eh Ego, a coisa ta feia.
- Certamente. Por isso eu vivo martelando na cabe�a desse sujeito a historia do tal "Fator Acessibilidade". Ele � uma pessoa que simplesmente nao se mantem acessivel. Muitas vezes por azar. Mais ainda porque merece.
- Claro, amigo Ego. Que isso sirva de licao aos nossos leitores. Por favor, alguem que saiba de um jeito de tirar esse cara do "pause" avise! Ele precisa de ajuda!!!

Nada melhor do que auto-diagnose.
8^)

quinta-feira, julho 31, 2003

Nossa.
Minha m?o est? co�ando.

Vontade de escrever alguma coisa.
Blog desativado h? algumas camadas de poeira. Acho que devo reduzir um pouco o n?vel de minha seletividade. Sou um compulsivo por filtrar coisas e tentar colocar somente palavras "?teis" aqui. Acabo filtrando tanto que s? restam dois assuntos: vida e morte.
Sinal de que virei um chato.
Tudo que voc� faz na sua exist�ncia pode ser "filtrado" de um ponto de vista melhor. Com esse blog eu percebo isso.
Vou escrever sobre m?sica?
N�o... m?sica � uma coisa t?o pessoal... e eu ando ouvindo coisas t?o nerds... ningu�m prestaria aten�?o. N?o daria pra "passar" a mensagem.
Filmes?
Hum... vou falar sobre Anima Mundi de novo? Mencionar os fant�sticos curtas de anima��es ucranianos? N�o... melhor n?o tocar nisso.
Fatos da atualidade?
Ah, � sempre a mesma coisa. Greve, mortes, viol�ncia, massacres daqui e dali, como bem disse meu mais novo idolo Michael Moore com seu Tiros em Columbine: a sociedade est? sempre pronta para comprar medos. O man?aco do parque vende. O et de Varginha vende. As chacinas em Vig?rio Geral vendem. "Quem ('n?o') quer dinheiro?" : at� ele tamb�m vendeu sua pr?pria desgra�a pessoal.
Quem fala das boas not?cias? Acho que s? o Novo Testamento...
Detalhes pessoais?
Nossa.. como odeio revelar minhas pr?prias tramas de novela em um blog. Excesso da informa�?o in?til.

Do que � ?til se falar afinal?
Segundo uma conhecida teoria sociol?gica, se peg?ssemos um homem e o isol?ssemos do mundo por toda sua vida, ele perderia todo o sentido de existir. Se tornaria t?o in?til quanto as palavras que eu insisto em qualificar.
Afinal, o que voc� faria de sua vida se n?o precisasse falar, porque ninguem iria te ouvir? Se n?o precisasse se vestir bem, andar limpo, se simpatico, porque ninguem iria te ver?
N�o precisasse estudar, namorar, casar, trabalhar, porque voc� estaria sozinho.
As pessoas foram feitas para se comunicarem umas com as outras.

O sentido das besteiras que eu escrevo est? em chegar at� voc�

quinta-feira, julho 17, 2003

Nossa... claro que � uma grande bobeira, mas para aqueles que ainda n�o acreditam no quanto sou careta, deem uma olhada nesse teste do Inferno de Dante.

The Dante's Inferno Test has sent you to Purgatory!
Here is how you matched up against all the levels:
LevelScore
Purgatory (Repenting Believers)Very High
Level 1 - Limbo (Virtuous Non-Believers)High
Level 2 (Lustful)Moderate
Level 3 (Gluttonous)Low
Level 4 (Prodigal and Avaricious)Moderate
Level 5 (Wrathful and Gloomy)Very Low
Level 6 - The City of Dis (Heretics)Very Low
Level 7 (Violent)Low
Level 8- the Malebolge (Fraudulent, Malicious, Panderers)Low
Level 9 - Cocytus (Treacherous)Very Low

Take the Dante's Inferno Hell Test

segunda-feira, maio 26, 2003

Assumindo de vez a fase pregui�osa, quero compartilhar minhas gargalhadas com esta f�bula:


"Coisa de brasileiro"
por Hugo Pereira
Para que pud�ssemos andar de trem livremente na Europa, compramos o Eurailpass. � um bilhete onde vc coloca a data e pode andar de trem naquele dia pra onde quiser. T�nhamos comprado o de 15 dias. O aproveitamento tinha que ser ao m�ximo. Chegando � Alemanha, t�nhamos de ir de Hamburgo para Munique. O problema � que tinha apenas um trem, non-stop, que satisfazia nosso hor�rio. O pr�ximo sairia muito tarde. Outro problema era que o trem n�o aceitava o maldito bilhete...
Mas como brazuca se acha mais esperto que o mundo todo, surgiu o seguinte racioc�nio, compartilhado por quase 30 cabe�as: "Vamos entrar no trem assim mesmo! Como ele � non-stop, n�o poder�o colocar a gente pra fora." E l� foi a brasileirada trem adentro.
Com o trem j� em movimento, chega a mulher pra conferir os bilhetes. O primeiro a ser interpelado fui eu. Logo eu fui o cobaia. A mulher pegou o bilhete, virou-se pra mim e disse aos berros:
"Spraichen Deutch ??"
Eu disse: "No"
"Speak English ?"
Respondi: "Yes"
Ela concluiu: "Get out, right now !!!"
Eu ainda pensei: Ser� que eu vou ter que me atirar pela janela? A maldita pegou um intercomunicador, resmungou alguma coisa e, acreditem, o trem non-stop parou na pr�xima esta��o. Os alem�es foram todos para a janela para ver qual seria o motivo. J� ciente da minha expuls�o, avisei os demais brazucas para sa�rem tamb�m pois o bicho ia pegar.
Cen�rio montado: trem non-stop parado, todos os alem�es na janela pra saber o motivo e uns trinta brazucas sendo expulsos. Ent�o uma alma teve a id�ia brilhante: "A�, galera!! N�o vamos levar este mico pra casa, n�o!!!"
E desembarcamnos gritando em coro:
"AR-GEN-TINA! AR-GEN-TINA! AR-GEN-TINA!"

sábado, maio 24, 2003

Minha pregui�a de compor coisas originais realmente vem aumentando.
Hoje, pelo que d�em uma olhada nisso...

Da Timidez
Extra�do de: Com�dias da Vida P�blica, L&PM Editores, pp. 324-325

Ser um t�mido not�rio � uma contradi��o. O t�mido tem horror a ser notado, quanto mais a ser not�rio. Se ficou not�rio por ser t�mido, ent�o tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez � essa, que atrai tanta aten��o? Se ficou not�rio apesar de ser t�mido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. T�o secreto que nem ele sabe. � como no paradoxo psicanal�tico, s� algu�m que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque s� ele acha que se sentir inferior � doen�a.

Todo mundo � t�mido, os que parecem mais t�midos s�o apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ningu�m � mais t�mido do que o extrovertido. O extrovertido faz quest�o de chamar aten��o para sua extrovers�o, assim ningu�m descobre sua timidez. J� no notoriamente t�mido a timidez que usa para disfar�ar sua extrovers�o tem o tamanho de um carro aleg�rico. Daqueles que sempre quebram na concentra��o. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um t�mido tentando se esconder e dentro de cada t�mido existe um exibido gritando "N�o me olhem! N�o me olhem!" s� para chamar a aten��o.

O t�mido nunca tem a menor d�vida de que, quando entra numa sala, todas as aten��es se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, � sobre ele. Se riem, � dele. Mentalmente, o t�mido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma novi�a. Para o t�mido, n�o apenas todo mundo mas o pr�prio destino n�o pensa em outra coisa a n�o ser nele e no que pode fazer para embara��-lo.

O t�mido vive acossado pela cat�strofe poss�vel. Vai trope�ar e cair e levar junto a anfitri�. Vai ser acusado do que n�o fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o t�mido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: algu�m vai lhe passar a palavra.

O t�mido tenta se convencer de que s� tem problemas com multid�es, mas isto n�o � vantagem. Para o t�mido, duas pessoas s�o urna multid�o. Quando n�o consegue escapar e se v� diante de uma plat�ia, o t�mido n�o pensa nos membros da plat�ia como indiv�duos. Multiplica-os por quatro, pois cada indiv�duo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. N�o adianta pedir para a plat�ia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do t�mido pela metade. Nada adianta. O t�mido, em suma, � uma pessoa convencida de que � o centro do Universo, e que seu vexame ainda ser� lembrado quando as estrelas virarem p�.

23/02/95

Luis Fernando Ver�ssimo
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quinta-feira, maio 22, 2003

Se me fosse perguntado,
Eu n�o saberia dizer o que faz uma m�sica ser boa ou n�o.
Pelo menos n�o com uma precis�o apurada o suficiente que permitisse repetir a uma f�rmula e criar bandos de m�sicas boas.
No entanto, o que me torna capaz de conhecer uma m�sica de n�vel diferenciado?
Me tornando por um reles blogueiro teen por alguns instantes, olhem pra isso:

DEEPER UNDERSTANDING

As the people here grow colder
I turn to my computer
And spend my evenings whit it
Like a friend.
I was loading a new programme
I had ordered from a magazine
"Are you lonely, are you lost?"
This voice console is a must
I press Execute

Hello, I know Tht you've been feeling tired.
I bring you love, and deeper understanding
Hello, I know that you're unhappy
I bring you love, and deeper understanding

Well I've never felt such pleasure
Nothing else seemed to matter
I neglected my bodily needs
I did not eat, I did not sleep
The intensity increasing
'Til my family found me and intervened
But I was lonely, I was lost
Whitout my little black box
I pick up the phone and press Execute

I turn to my computer like a friend
I need deeper understanding
Give me deeper understanding


- Bem... mais uma musica de alguma banda med�ocre emergente?
Jamais. Isso � da dona Kate Bush.
- Aquela mulher com voz de gato?
E Mariah Carey tem voz de que animal? Ariranha, se for.
Celine Dion? Ahn?
KELLY KEY? Isso canta?

Isso a� pessoal, refinem seus gostos.

E mais um pequeno detalhe: a m�sica a� em cima, essa mesmo...
Ent�o... ela � de 1988...


domingo, abril 06, 2003

Hoje eu tenho uma bela est�ria a contar.

E hoje, n�o a contarei.

O que � esse efeito "expectativa", afinal?
Seria a melhor parte da felicidade? Ou a pior parte da incerteza?
S� afirmo que se n�o temos expectativa, ent�o s� temos a morte. S� temos a certeza.
A mudan�a - ela de novo - pode ser o agente assustador, mas � o que nos mant�m vivos. Imagine.
A juventude n�o passa de uma expectativa. Temos o controle da mudan�a. Ou a parte do controle que cabe a n�s, ao menos.
Vislumbre a velhice. O que separa a dist�ncia da idade, afinal?
Quantas coisas eu me imagino fazendo da minha vida agora, coisas essas que perderiam completamente o sentido quando corta em minha mente a hip�tese: "e se eu estivesse com 80 anos, o que eu iria querer?"
Acho que quando ficamos velhos, de fato enxergamos o que � que vivemos. � uma condi��o muito simples, poderia trazer respostas valiosas para v�rias quest�es que nos disparam dia a dia em nossa rotina. Afinal, se voc� estivesse velho, o que mais lhe restariaa fazer?
O fato � que velhos todos estamos.
O velho � somente a pessoa que tem sua idade para lembrar que eles correm o risco de morrer a qualquer momento.
O jovem � quem tem a expectativa de ainda tem muitos anos pela frente pra pensar como � ser velho.
Mude a pergunta para: "Afinal, se voc� estivesse com um dia a mais pela frente, o que mais lhe restaria a fazer?
Sendo assim, o que pensaria um suicida, ent�o?
Quem resolve encarar a morte, usando seu poder de mudan�a para simplesmente escolher a mudan�a pro fim, tem expectativa?
Acho que o suicida verdadeiro � aquele que quer se matar e se mata. Tiro na boca na dire��o do cerebelo. Morte em 6 d�cimos de segundo. Pronto. Fim.
Tem uma pessoa em cima do arranha-c�u! Ser� que ele pula? Ser� que n�o?
Esse tem a expectativa de que as coisas mudem, nem que seja no �tlimo segundo poss�vel. Nem que venha um anjo do c�u, ou que sua mulher ligue pro celular pedindo perd�o, ele espera alguma coisa. Ainda.
O jovem antes promissor est� viciado em coca�na. A menina gr�vida fugiu de casa. O pivete assaltou um mercado. A m�e chora a perda do filho �nico. Iraquianos com queimaduras mortais num hospital em Bagd�.
Onde estamos n�s para dar expectativa � essas pessoas?
Melhor: Que expectativa voc� daria?

quinta-feira, março 20, 2003

Post:

"E vi a besta, semelhante ao leopardo, e os seus p�s como de urso, e a sua boca como a de le�o; e o drag�o deu-lhe o seu poder e o seu trono e grande autoridade. (...) e adoravam ao drag�o, porque deu a besta a sua autoridade; e adoraram a besta, dizendo: "Quem � semelhante � besta? quem poder� batalhar contra ela?" E foi-lhe dada uma boca que proferia arrog�ncias e blasf�mias. (...) Tamb�m foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e venc�-los; e deu-se-lhe autoridade sobre toda tribo, e povo, e l�ngua, e na��o. (...) Se algu�m tem ouvidos, ou�a. Se algu�m leva em cativeiro, em cativeiro ir�; se algu�m matar � espada, necess�rio que � espada seja morto. Aqui est� a perseveran�a e a f� dos santos."
Apocalipse cap. 13

Algu�m se habilita?
Eu n�o sou um macaco de imita��o
Mas achei que esse e-mail valia a pena colar.

PROVA DE LITERATURA BRASILEIRA - UFRJ Vestibular 2053

1. Leia o trecho do poema abaixo e responda as quest�es:

O JUMENTO E O CAVALINHO
ELES NUNCA AND�O S�
QUANDO SAI PRA PASSEAR
LEVAM A �GUA POCOT�"
Eguinha Pocot�, Mc Serginho, 2003)


a) Eleita como acompanhante nos passeios dos dois
protagonistas, a �gua Pocot� rompe a solid�o at� ent�o
predominante no panorama urbano estabelecido. Mais do
que um tri�ngulo amoroso convencional, o autor atribui
aos personagens um status que transcende a natureza
metaf�sica convencional. Emerge ent�o o car�ter
feminino, no auge de sua auto-afirma��o como contraponto
ao pansexualismo. Descreva o papel da �gua Pocot� como
elemento de
instabilidade no equil�brio social do in�cio do s�culo
XXI.


b) A forma adotada pelo autor do texto leva o leitor a
uma reflex�o cr�tica acerca de alguns elementos do
estilo liter�rio da �poca, ao mesmo tempo em que insere
tem�ticas dotadas de valor universal. Assinale a
passagem em que o autor expressa com maior intensidade
este dualismo. Identifique a figura de linguagem adotada.

c) Ao idealizar em um mesmo patamar, personagens que at�
o momento s� haviam sido tratados com a devida
separa��o de classes, coloca o autor o "jumento e o
cavalinho" como uma par�dia da realidade social do pa�s
na �poca. O brilhantismo desta vis�o cr�tica � destacado
por express�es que para um leitor menos atento podem
parecer erros gramaticais, mas que na verdade geraram
uma nova aplicabilidade da l�ngua portuguesa.
Identifique estes trechos e as inova��es gramaticais por
eles introduzidos.


d) O texto de Mc Serginho, precursor do movimento
liter�rio-cultural denominado pocotoismo, prop�e uma
nova m�trica e abordagem ao texto po�tico. Alguns
cr�ticos da �poca chegaram a compar�-lo � "pedra no
caminho" de Drummond, um poeta de menor import�ncia no
s�culo XX, injusti�a revertida mais tarde com a
identifica��o da sua efetiva quebra de paradigma
liter�rio. Compare o estilo da obra de Mc Serginho com
os autores cl�ssicos do s�culo XX e justifique a
relev�ncia de sua obra."





domingo, março 16, 2003

Yucks
Ontem fui ver "O Pianista" de Roman Polanski l� no Odeon. Nossa. Filme b�rbaro. Absurdo. Tenso, contido, nervoso. Maravilhoso. Vejam.
Mas enfim, o que realmente me empolgou n�o foi o filme, mas o TRAILER que passou antes dele, do filme "24 Hour Party People". Porque empolgou? Nossa... esse foi um filme t�o EU que era impossivel....
Ele se focaliza na historia da ascen��o da cena new wave em Manchester, nos anos 80 (ou seja, O LUGAR, n�?)
E, claro, nem precisava perguntar, o filme vai desde Sex Pistols a Happy Mondays, de Joy Division a New Order....e tudo isso me fez imediatamente cometer a aventura de baix�-lo na internet a uma taxa de 0,08 kbytes/seg
Gah
EU TENHO QUE VER ESSE TRO�O!!!!!
errr
bem
melhor dizendo
Estou na extrema ansiedade de assistir a essa maravilhosa pel�cula em um futuro pr�ximo, quando me convier a devida oportunidade.
Cheers.



.



Faaala galera!
Super boa noite pra mo�ada ae ligada no meu blog, hoje � madrugada de s�bado e estamos novamente aqui antenados em mais um "Hein? Acorda Garoto!", programa dedicado �s esquisitices vindas de todas as partes do c�rebro do Guillermo. E hoje o programa t� super quente, onde podemos conferir New Order,
Liquid Tension e v�rios outrosm come�ando coooom...


Bruce Hornsby - That's The Way It Is - Hum. Essa m�sica parece uma daquelas que tocam como pano de fundo de uma boa conversa de bar com uma pessoa interessante. Mas isso soaria simples demais. Temos que ter agravantes. Hum. Que tal: O cara, chega em casa de um trabalho estressante, num dia p�ssimoem que acabara de ser despedido, e quando chega em casa v� um bilhete dizendo que sua mulher fugiu com outro. Imediatamente, ele pega seu carro e come�a a dirigir sem rumo pela cidade j� escurecida, e quando chega num bar aconchegante, senta numa mesa e pede uma dose de u�sque, para tentar cirar coragem de sacar a pistola autom�tica que havia retirado do seu porta luvas e agora se encontrava em sua cintura e come�ar um ataque terrorista para se matar em seguida. Mas espere! Segundos antes da trag�dia, uma linda mo�a se aproxima e eles come�am a conversar, rumo a um belo restart. Happy end! Ah, e a m�sica rolando ao fundo, claro.

Meredith Monk - Gotham Lullaby - Hum... M�sica alternativista. Sim. Uma combina��o perfeita seria uma trilha sonora. Sim. Sabe aqueles filmes de drama sobre crian�as autistas? Sim. Isso. Aquele garotinho, albino e autista (caramba!), vestido com aquelas roupas bem de crian�as anos 30, iria pro jardim florido de sua mans�o, quase um pal�cio, e l� ficaria brincando com uma centop�ia, que para ele seria como a descoberta de um novo mundo. Ao final da m�sica, ele adormeceria no jardim, a imagem ficaria preto e branco, e viria sua m�e, de rosto indefinido, que o pegaria e o levaria para cama.

New Order - True Faith - Nossa. N�o d�. N�o h� imagem em minha mente fixa para esta m�sica. � uma daquelas raras j�ias sonoras que, quando eu ou�o, independente do que eu estiver fazendo no momento, eu me empolgo. � uma m�sica otimista, en�rgica. Certamente entraria pra colet�nea de "Musicas Para Dirigir Muito Rapido Em Carros Conversiveis Em Estradas Europ�ias Rodeadas Por Campos Verdejantes Com Ovelhinhas E Sem Limite De Velocidade ". Melhor do que isso, s� mesmo se eu pessoalmente substitu�sse a Gillian Gilbert ao tocar essa m�sica ao vivo para 40 mil pessoas no Glastonbury de 1988. Cl�max.

Tears For Fears - Pale Shelter - Se enquadra na mesma categoria que a anterior. S� que troque o carro por um avi�o logo, e os campos verdejantes com ovelhinhas por um c�u vermelho com por-do-sol. Enough. N�o posso estragar mais. Adoro essa m�sica.

Front 242 - HeadHunter - Cl�aaassica. Teria a ver com algo muito desconexo. Muito fren�tico. Imagens. De que? De cameras amadoras, editadas de invas�es policiais em favelas e tiroteios com traficantes no vosso Rio de Janeiro. Sengue. Muito sangue. Tiros, gritos, p�nico. Hihihi.

Depeche Mode - Halo - Essa � uma m�sica de um milh�o de possibilidades. Mas acho que o classico formato de imagens usadas por Anton Corbjin seria de bom grado. Algo dark, bem dark como a pr�pria m�sica, sem mostrar nada da banda al�m do rosto do David Gaham na penumbra, e uma noiva (noiva?) correndo de n�o-sei-o-que por uma metr�pole � noite (claro) com os predios caindo ao seu passar. Louco.

Kim Carnes - Bette Davis Eyes - Tem a ver com fim de festa, quando voc� estaria dan�ando olhando para uma pessoa rec�m-perfeita que acabou de conhecer naquela mesma noite, e mesmo que naquele momento estivesse tocando outra m�sica, seria essa a que estaria na mente do casal (hetero) durante toda a noite. Apropriado.

Neneh Cherry - Kootchy - Tem o maior jeit�o daquelas mulheres obsessivas e apaixonadas que perseguem o cara dia e noite pela cidade inteira. S� que s�o burras demais para simplesmente chegar e falar isso pra ele.

Liquid Tension - The Stretch - Ahhh, essa � cl�ssica. Tem o jeit�o daquelas m�sicas de jogos de videogame, aqueles de corrida em geral, quando voc� entra no box para comprar pe�as e equipar seu carro. Perfeito!

Coldplay - The Scientist - Hum. Triste. Aquele cara, perdido no quarto, sentado na cama, chorando sob as cartas de amor da amada rec�m-brigada, intercalado por cenas dos antigos momentos felizes entre os dois. Isso se arrastaria at� o fim da m�sica, s� que com cada vez mais l�grimas.

Carly Simon - My Romance - Al�m de comercial velho, essa m�sica lembra casamento de tia. Sim, aquelas festas bregas, que depois de ter tocado horas de lixos como Kelly Key, KLB, Ax� e pagode, finalmente do nada vem essa m�sica, e um mont�o de casais de velhinhos de levantam e come�am a dan�ar, quando todo mundo percebe ao mesmo tempo: nossa, que m�sica bonita. Oh.

Cocteau Twins - Need Fire - AAAAAHHHH sim! Essa m�sica pra mim � a perfei��o do retrato da vida noturna da cidade. Desde um carro preto se movendo velozmente numa via expressa, onde as luzes deixariam rastros brilhantes nos olhos, cada vez mais intensos e rapidos, que decolariam e come�ariam a voar, pela cidade inteira. Ilustra uma certa solid�o. A frieza da convivencia pr�xima e superficial. Mas impele um sentido, uma pulsa��o de sobreviv�ncia, de revolta contra tudo isso. Putz. Adoro essa musica (e a falar besteira)

Sade - Ordinary Love - Bem, gente...t� tarde... melhor eu parar por aqui. Sade eh coletivamente �bvio para qualquer iletrado em m�sica pop. Fala s�rio.


Bem, � isso ae galera, t� chegando ao fim mais um "Hein? Acorda garoto!", mas n�o equenta que semana que vem tem mais!
Pras minas, um abra�o, pros cara um aperto de m�o, e fuuuui!






sexta-feira, março 14, 2003

Nossa.
Diante de extrema chatice na net, me dispus a fazer a coisa mais divertida, ironica, engra�ada, tola e inutil poss�vel: entrar com um nick de mulher no bate papo.
Chega a ser triste o bando e a variedade de marmanjos que te abordam! Bem longe da realidade de um rapaz solitario...
Acho que todos aqueles que se julgam "os mach�es" do mirc e do icq deveriam ter uma experiencia assim algum dia, justamente para ver o qu�o tolo tudo isso na verdade �. Nossa, eh realmente engra�ado usar todo meu poder de fogo em palavras para desconcertar os don juans de plant�o. Incrivel... todo mundo quer contar vantagem... Isso ajuda exatamente a descobrir o que n�o ser. Mais triste do que isso, � ver o quanto existem pessoas solitarias, tanto entre garotos quanto entre garotas. Todos est�o carentes de que algum dia, tudo v� finalmente mudar. Isso � um reflexo que se expande para al�m da internet... nos celulares da oi por exemplo, que alguns tem aquela promo��o de fim de semana gratuito, � incrivel o n�mero de pessoas que j� me ligaram, dando as mais variadas desculpas, somente para ter algu�m pra conversar.
Enfim, triste e funny.

sexta-feira, fevereiro 14, 2003

Hoje tive a not�vel experi�ncia de poder assistir ao document�rio "Onibus 174" e... nossa... assustador...

Enquanto que, por exemplo, em "Abra os Olhos" (vulgo Vannila Sky), voc� assiste ao filme e no final fica embasbacado e melancolicamente triste (n�o raro deprimido) ao saber que tudo � um sonho, em "Onibus 174" voc� sai do cinema com o mais tenso choque de ter experimentado a ponta da realidade que se esconde toda vez que fechamos o vidro fum� de nosso carro para evitar a abordagem de um menino de rua.
O filme n�o apenas se prende no incidente em que leva o nome, mas o usa como um exemplo, um medalh�o de um complexo jogo de causa-efeito intr�nseco em cada esquina, e embora alguns saiam da sess�o com todos os motivos para achar que tudo teve uma "causa", que toda aquela trag�dia bem ou mal pode ser "explicada" com os perfis do assaltante e com aquela sucess�o de tristes falhas.
E algo em tudo isso sempre nos incomoda.
Curioso que me lembrei de um professor de um colega meu, de antropologia, estava fazendo um estudo sobre a rea��o de grupos de jovens de diferentes classes socias depois de assistirem sess�es do filme "Cidade de Deus"em diferentes partes da cidade do Rio. Depois de sair de uma sess�o no Leblon, os adolescentes, soridentes e extasiados, diriam algo como "puxa, cara, q maneiro aquilo, viu? mto legal os efeitos! caraca, tiro pra tudo quanto � lado! mto foda!!!" como se o filme fosse apenas uma agrad�vel surpresa do entretenimento brasileiro capaz de fazer frente a um bom filme de a��o americano. J� depois de uma sess�o em Madureira, a rea��o dos adolescentes, cabisbaixos e pensativos, n�o foi algo muito diferente de "poxa........cara.......muito sinistro neh? trist�o ae.... po.... e acontece em todo lugar isso neh.... foda...vida eh isso..."
Cidade Partida, diria Zuenir Ventura.

quarta-feira, fevereiro 05, 2003

Antes e Depois.


Antes, meia noite pra mim era tarde. Hoje, mesmo tendo que acordar �s 6 do dia seguinte, ainda � s� o come�o.
Antes, quando eu tinha sono eu ia dormir. Hoje, com ou sem sono, eu conecto.
Antes, se eu nao quisesse dormir, eu ligava o r�dio e implantava em minha mente boa m�sica. Hoje, ouvir m�sica eh uma mera desculpa para deixar o fone de ouvido na cabe�a, e dar algum uso � placa de som de $2000 reais que comprei, na �poca que eu jurava pra mim mesmo que o computador "n�o teria outra utiliza��o sen�o a estritamente nobre tarefa de gravar m�sica profissional".
Antes, eu achava que seria eternamente t�mido. Agora, continuo t�mido, exceto nos bate papos. hehe.
Antes, s� conectava para mandar e receber e-mails. Hoje, ainda conecto com essa mesma intui��o, s� que no meanwhile, sempre d� tempo de dar uma olhadinha pra ver "quem est� online".
Antes, eu usava l�pis e papel para escrever, e, melhor ainda, pensava antes de escrever, porque o liquid paper sempre fazia borreira. Hoje, tenho � minha disposi��o os backspace da vida, os control c control v, os mouse, os corretor ortogr�ficu, as parada toda. Pregui�a. Mesmo assim escrevo menos do que costumava.
Antes, jurava que n�o iria jamais instalar jogos em meu computador. Hoje, fiquei uma hora tentando descobrir porque que a porcaria do GTA III trava toda vez que eu muda a camera em 1600x1200. Cheguei a conclus�o que preciso melhorar minha placa de v�deo URGENTE.
Antes, achava um investimento inteligente ter a possibilidade de falar com pessoas de outros pa�ses, conhecer outras culturas...costumes...oh. Agora, falo com meu colega, que mora na mesma rua minha, e cujo semblante n�o vejo h� distantes 3 meses. Absurdo.
Antes, eu sabia o cheiro de uma manh� de s�bado. Hoje, nossa... S�bado? Que dia � esse?
Qual saldo eu tiro disso tudo?
Bem, problemas de coluna, acidez social, olheiras, 2 anos mal dormidos, 20 giga de mp3, lista de icq com 125 pessoas de 5 estados diferentes, 1 namorada, 3 almost. Valeu a pena?
N�o cabe a mim dizer. N�o sou eu que tenho que me aturar. J� bastam as sequelas.
Gah






segunda-feira, fevereiro 03, 2003

Dando mais asas ao anjo negro da morbidez,
Senti que devia escrever algo sobre o acidente do �nibus espacial no s�bado...
Ainda nem sei bem o que...mas o certo � que algo nisso tudo me incomoda

Li no jornal sobre os astronautas...
Rapidamente lembrei daquelas aspira��es que movem qualquer infante curioso pela ci�ncia do tipo "oh, quando crescer quero ser astronauta!", porque, puxa, � algo para poucos mesmo. Havia dois phds em medicina, um em astrofisica, outro em fisica, um em eletronica... puxa... acho q cada um daquela equipe deve ter sido uma daquelas pessoas que na faculdade nossa do dia a dia tiram dez sem o menor esfor�o. E que os fizeram morrer em dez segundos.
N�o estou questionando valores sociais. Mas enquanto os EUA e Israel ficam chorando por 7 pessoas, por mais ilustres q sejam, duvido q eles se lembrar�o das mortes indiretas de inocentes que seus Tomahalk ir�o causar quando acertarem um vilarejo de bedu�nos curdos por engano no Iraque. Pelo menos nos dois eles v�o alegar falha tecnica.
Mas sem querer entrar nessa de estere�tipo esquerdista anti-EUA, eu queria dizer que....
bem
na verdade, realmente n�o tem nada que eu possa alegar pra amenizar minha opiniao sobre os Estados Unidos at� um n�vel imparcial. American way of life sucks mesmo.
Tanto que eu falo ingl�s, mas o British, tah? (saio da gaiola para a ratoeira, hehe)

quarta-feira, janeiro 29, 2003

quarta-feira, janeiro 22, 2003

Estado de dorm�ncia.
A palavra chave que fecha a porta destes �ltimos dias s� pode ser morte.
Morte, esta palavra, bem distante da bela e po�tica ponte escapista que �s vezes at� poderia nos mostrar o caminho do romantismo, mas que por recente nos revela somente nossa realidade humana. O sal�rio do pecado � a morte, diz a Biblia.
Nao falei nada durante o enterro. Nada adiantaria.
Seja o abalo se afogar dentro de um carro num canal aos 20 anos, ou a subita parada de respira��o num quarto de hospital aos 40, ningu�m sabe quando se morre, se � que se morre.
N�o � a reencarna��o, a insossa desculpa humana para dizer que n�o existe um inferno para que todos tenhamos uma segunda chance, nem a frieza c�tica de achar que tudo se acaba, de fato, em p�: Nada consegue tranquilizar as noites que se sucedem depois de sabermos que nunca mais veremos pessoas queridas. E, n�o importa o que fa�amos, todos n�s cedo ou tarde iremos passar por isso.
E que a busca por respostas n�o cegue as pessoas.
Mortos n�o falam.
N�o s�o c�nscios de nada.
N�o existe m�dium nenhum que vencer� a lei de Deus.
"E aos homens est� ordenado morrerem uma s� vez, vindo depois disso o ju�zo, assim tamb�m Cristo, oferecendo-se uma s� vez para levar os pecados de muitos, apare�er� uma segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salva��o." Heb 9-27
Parece que triste � todo aquele quem vive.
E morto � quem n�o tem amigos.

quarta-feira, janeiro 01, 2003

Sim
Me entitulo um viciado.
Hoje, 1 de Janeiro de 2003, �s...hum...23:08, estou aqui, postanto. Apenas para provar que sou viciado.
Eu tamb�m estive no cinema, na sexta, dia 27, pra provar que sou um viciado. Mas o v�cio que me levou ao cinema foi bom. As Duas Torres fizeram valer As Tr�s Horas de Dura��o, Os Quatro Reais, Os Cinco Amigos Chatos Que Foram Comigo e os Doze Meses de Espera por esta continua��o. Embora tenha sido �1% inferior � primeira, valem os mesmos exorbitantes elogios. Como comentei para o primeiro filme, se daqui a um m�s as propagandas anunciarem algo como "venham ver o filme que j� foi visto por 15 milh�es de pessoas", n�o se iludam! Na verdade foram apenas 3 milh�es, que viram o filme cinco vezes. Minha segunda j� est� programada.
De resto... uma �tima virada de ano na igreja.

Os fogos estavam legais?